SÉRIE: DISSECANDO A TELEMEDICINA

Escrito por Antonio Fagundes da Costa Junior

Definição

Nos últimos anos, em função da evolução tecnológica e principalmente do avanço no campo da comunicação, a Telemedicina vem se desenvolvendo a passos largos em todo o mundo. No Brasil, até bem recentemente, a Telemedicina foi uma ferramenta utilizada por poucos órgãos, estatais ou privados, como universidades e hospitais universitários ou assistenciais, mas com foco principal destinado à tele orientação entre profissionais da área da saúde, ou seja, aqui a Telemedicina era basicamente utilizada para discussão de casos entre equipes de saúde, que se encontravam em locais geográficos diferentes, às vezes, a milhares de quilômetros de distância.

Mas de fato, o que seria a Telemedicina?

Segundo Maldonado, a Telemedicina, em sentido amplo, pode ser definida como o uso das tecnologias da informação e comunicação na saúde, viabilizando a oferta de serviços ligados aos cuidados com a saúde (MALDONADO, 2016).

Com o advento da Pandemia SARS-COV 19 ou mais popularmente a Pandemia do Corona Vírus, uma nova perspectiva sobre a Telemedicina surge, principalmente como uma opção para que pacientes sejam avaliados, tratados e acompanhados por profissionais da área da saúde, com menores riscos de contaminação pelo COVID, uma vez que esse atendimento acontece de forma remota, com zero ou a menor exposição possível. Mas será essa a única vantagem deste tipo de atendimento? É um atendimento seguro, tanto para o paciente quanto para o profissional? Quais fatores podem interferir positiva ou negativamente para um atendimento por Telemedicina, tanto da parte do paciente quanto do profissional? Os médicos estão preparados para atender por Telemedicina? Existe algum treinamento específico para isso?

É para responder a essas e tantas outras perguntas que, a partir de agora, entraremos com uma série de publicações que buscam colocar luz a essas questões, de forma clara, leve e objetiva, para que possamos aproveitar toda a versatilidade e benefícios que essa modalidade de atendimento a saúde pode nos trazer, sem necessariamente, nos expormos ao risco de um atendimento mal feito ou mesmo mal estruturado.

REFERÊNCIAS:
Maldonado JMSV et al. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 32 Sup 2:e00155615, 2016. http://dx.doi.org/10.1590/0102-311X00155615

Prof. Antônio Fagundes Jr.
Cirurgião Vascular – CRM/TO: 1742 RQE: 756
Professor Adjunto de Medicina da Universidade Federal do Tocantins.
CEO Vida Connect